Merck inaugura centro no Brasil e eleva a aposta na AL | Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

Uma das mais antigas e maiores empresas farmacêuticas do mundo, a alemã Merck elevou as apostas no Brasil, atenta também ao potencial de novos negócios na América Latina. Com investimentos de entre € 10 milhões e € 15 milhões, a Life Science, divisão do grupo que cobre toda a cadeia farmacêutica e a oferta de produtos e serviços para a investigação, desenvolvimento e fabricação de medicamentos, inaugura hoje o seu primeiro centro de colaboração M Lab na região, com o objetivo de ampliar a carteira de clientes e estreitar a relação entre a base atual. O novo centro está localizado mil metros quadrados, em Alphaville, na grande São Paulo, e funcionará como centro para a América Latina, incluindo o México.

 

No M do Laboratório Merck oferece aos seus clientes e aos investigadores de suporte e acesso a produtos, estudos, metodologias e laboratórios para testes-piloto, com vistas a garantir o desenvolvimento mais rápido de novos medicamentos. Em entrevista ao Valor, o principal executivo da Life Science, Udit Batra, afirmou que, embora seja uma referência mundial na produção de vacinas, o Brasil ainda tem muito que avançar na área de biofármacos. “Se o país pode repetir o que fez com vacinas, terá um enorme sucesso com os biológicos. É por isso que o investimento em M Lab tem sentido”, disse. Para o executivo, há um grande potencial de crescimento desta área no país, onde os custos de tratamento são ainda muito elevados. Batra lembre-se que 60% dos gastos públicos com medicamentos no Brasil correspondem a produtos biológicos, embora essas terapias representam apenas 12% do volume comprado.

 

De acordo com o ceo da Life Science, a turbulência política no país não muda os planos da multinacional. “Quando olhamos para o Brasil, não olhamos para as tendências de curto prazo”, disse. Globalmente, a divisão Life Science já contava com oito M Lab em mercados como a China, Coreia do Sul e Índia, entre outros países. O primeiro centro de colaboração na investigação foi aberto há mais de duas décadas, nos Estados Unidos, mas o ritmo de inaugurações decolou após a chegada de Udit ao comando da Life Science. O executivo foi nomeado ceo da Life Science – até então, a Merck Millipore – em abril de 2015, quando já estava em curso a aquisição da norte-americana Sigma-Aldrich Corporation, e assumiu efetivamente a posição em abril do ano seguinte. Sob a gestão de Batra, Merck acabou publicando a sua rede global de centros de colaboração, com um foco maior no cliente.

 

Com a operação, de US$ 17 bilhões, a divisão de ciências biológicas da Merck praticamente dobrou de tamanho. O negócio deu origem a um líder global na área de ciências da vida, ao levar o guarda-chuva do grupo alemão, uma das maiores empresas mundiais de tecnologias industriais e especialidades químicas utilizadas na pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos e também no meio acadêmico. Além disso, com uma plataforma consolidada de comércio eletrônico, catapultou a divisão Life Science para o mundo dos negócios on-line.

 

Para 2018, o grupo projeta vendas líquidas de us $ 14,1 bilhões para us $ 14,6 milhões, já desconsiderado o negócio da saúde do consumidor, que foi vendido para a empresa Procter & Gamble, no início deste ano. As vendas líquidas da Life Science, por sua vez, devem apresentar um crescimento orgânico de 5% a 6%, em 2017, as receitas ascenderam a € 5,9 milhões de dólares.

Fonte: Valor Econômico

Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2018/10/04/merck-inaugura-se o centro-no-brasil-e-aumenta-aposta-em-ao

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